Influência da Matemática na Artes
Criatividade, beleza, universalidade, simetria, dinamismo, são qualidades que frequentemente usamos quando nos referimos quer à Arte quer à Matemática. Beleza e rigôr são comuns a ambas. A Matemática tem um notável potencial de revelação de estruturas e padrões que nos permitem compreender o mundo que nos rodeia. Desenvolve a capacidade de sonhar! Permite imaginar mundos diferentes, e dá também a possibilidade de comunicar esses sonhos de forma clara e não ambígua. E é justamente esta capacidade de enriquecer o imaginário, de forma estruturada, que tem atraído de novo muitos criadores de Arte e tem influenciado até correntes artísticas. Como a história demonstra, a Matemática evolui muitas vezes por motivações de ordem estética. Como dizia Aristóteles "Os filósofos que afirmam que a Matemática não tem nada a ver com a Estética, estão seguramente errados. A Beleza é de facto o objecto principal do raciocínio e das demonstrações matemáticas", e Hardy afirmava que "O matemático, tal como o pintor ou o poeta, é um criador de padrões. Um pintor faz padrões com formas e cores, um poeta com palavras e o matemático com ideias. Todos os padrões devem ser belos. As ideias, tal como as cores, as palavras ou os sons, devem ajustar-se de forma perfeita e harmoniosa."
Até à Renascença a oposição entre Arte e Matemática não tinha grande sentido. Basta olhar para o gênio universal de Leonardo de Vinci. Hoje a atividade artística reivindica de novo a influência matemática - Klee, Kandinsky, Vasarely, Corbusier, Xenakis e muitos outros deixaram-se fascinar pela Matemática que exploraram com novas possibilidades ópticas, novos algoritmos de criação, novas geometrias (não euclideanas, fractais, etc) mais recentemente potenciados pelo uso da computação, síntese sonora, e outras potencialidades técnicas.Saindo da geometria bidimensional, podemos citar o uso da tridimensional na Arte, bem exemplificada pelo Cubismo. Neste movimento a idéia é utilizar os sólidos para construir as formas, humanas ou não; assim, os cubistas fazem uma leitura conceitual do posicionamento de um limitado número de objetos. É o perfeito abandono da tradição de um único ponto de vista, utilizando diversos ângulos de visão de um objeto e introduzindo o elemento tempo ou movimento em suas composições.
Num paralelo entre o artista e o matemático, vemos que, o primeiro, preocupa-se em manter a harmonia com os objetos que está manipulando, enquanto o segundo deseja garantir que a proporção harmônica mantenha-se constante através da razão áurea, do encaixe perfeito entre os polígonos e sólidos ou qualquer outra relação matemática devidamente comprovada.
fontes:
http://cmup.fc.up.pt/cmup/arte/plasticas/num_ouro/index.htmlhttp://cmup.fc.up.pt/cmup/arte/plasticas/espelhos/index.html
http://cmup.fc.up.pt/cmup/arte/plasticas/envolventes/index.html
http://cmup.fc.up.pt/cmup/arte/arquitectura/perspectiva1/index.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário